Neste dia, 1.º de novembro, em que é suposto celebrar a vida
daqueles que amamos e perdemos, dou por mim a pensar nos meus mortos e a
recordar aquela que foi a minha primeira perda. Não foi, curiosamente, um
humano, eu ainda era jovem e tinha comigo todos aqueles que me eram próximos.
Chamava-se Geni, e foi o primeiro animal a quem pude chamar meu, por ter idade, independência e condições para ser a sua cuidadora.
Era pequenina e frágil, e um parto mal resolvido (não havia clínicas abertas 24 horas como hoje) levou-ma. Chorei-a dias a fio, chorei-a por ela e por mim. Por ela, pelo que sofreu, por mim, porque me sentia órfã. Vivi um luto que demorou a passar. Foi o meu primeiro.
Já perdi outros amigos, cães ou gente, familiares mais distantes e próximos, já perdi até o meu pai… dores únicas, cada uma delas. Mas foi a Geni que me ensinou a dor da inevitabilidade da morte.
Já perdi outros amigos, cães ou gente, familiares mais distantes e próximos, já perdi até o meu pai… dores únicas, cada uma delas. Mas foi a Geni que me ensinou a dor da inevitabilidade da morte.
Soni Esteves
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