Obras



AS VOLTAS QUE O RIO DÁ, 2025

                                                                        e outros contos


          “As voltas que o rio dá” é o título de um dos contos que dá nome à coletânea. Pode dizer-se que o “rio” e as suas voltas atravessa todas as narrativas, seja ele um lugar físico, de passagem ou contemplação, seja o espaço íntimo do rio que volteia dentro de nós, que ora se espraia, sereno, ora cresce, transborda e nos transporta em torrente, por onde não havíamos sonhado. As oito narrativas ocorrem tanto em espaços rurais como urbanos, oscilando entre o Portugal de hoje e de ontem. A realidade interior e exterior das personagens, as suas vidas mais ou menos rotineiras, a complexidade dos sentimentos, os comportamentos seus ou de outros, a mentira, o adultério, a saudade, a memória que liberta ou atormenta, o engano de si próprio ou do outro, a incompreensão, a violência, a chantagem e a morte, são alguns dos ingredientes que alimentam estas histórias, que também são de amor, e nos remetem para a ideia de que na vida não podemos controlar tudo.



BRISAS, 2024

 BRISAS foi a obra vencedora do Prémio Dr. Luís Rainha/Correntes D’Escritas 2023. 
É composto por seis contos, tendo como universo de referência a Póvoa de Varzim, sua cultura, suas gentes de hoje, mas também de ontem. 
Assim, as diferentes personagens, embora fazendo parte de contos isolados, até com distintos modos narrativos, enquadradas, ora num espaço real e físico, ora telúrico e íntimo, unem-se para um fim comum: contar história da Póvoa.
Há nestes contos um traço afetivo importante porque, não sendo a autora natural daquela terra, ali passou férias em criança e, segundo a sua mãe, ali deu os primeiros passos. 


NINFAS DO PAIVA, 2022



O conto Ninfas do Paiva foi o vencedor de Prémio Literário Sons da Água, promovido pela Associação MALONG, uma entidade cultural fundadora do museu de arte contemporânea ao ar livre, na aldeia de Paradinha, composto por obras aí criadas por pintores e escultores, inspirados pela aldeia de xisto e pela beleza da paisagem, emoldurada pelos sons da água do ribeiro que a atravessa e pelo Paiva que dela faz margem. Ali se encontram, entre outras, oito pinturas sobre ardósia, de José Emídio, as Ninfas do Paiva, que inspiraram este conto, onde a realidade, o sonho e a magia se fundem e confundem.



A QUE SABE O MAR, 2021



O livro A que sabe o mar foi vencedor da 3.ª edição do Prémio Literário Ilídio Sardoeira e conta com belíssimas ilustrações de Joana Torgal.

Sinopse: O livro, que nos remete de imediato para o drama dos refugiados, conta a história de Amed, um menino que vive uma vida simples e feliz, numa aldeia pobre, em pleno deserto, até ao dia em que um acontecimento trágico vai alterar a sua vida e a dos seus familiares.
Amed vive então uma série de aventuras que o vão conduzir na busca dos seus sonhos. Será que consegue alcançá-los?


A CASA DA AVÓ, 2020



O livro A casa da avó, foi vencedor da 2.ª edição do Prémio Literário Ilídio Sardoeira, e é magnificamente ilustrado por Joana Antunes. 
No prefácio, da responsabilidade de Joaquim Pinheiro, o promotor do dito Prémio Literário, pode ler-se "...é uma história de literatura infantojuvenil, mas que pode ser lida por um adulto com igual prazer. apresenta uma linguagem simples, mas, simultaneamente, cativadora que cria no leitor o desejo de penetrar no enredo, que prende a sua atenção. (...) é uma história bem humorada que conta uma autentica aventura, vivida por uma menina, em casa da sua avó." 




OS CÃES DA MINHA RUA, 2017


 

Sinopse: Os cães da minha rua é uma história narrada na primeira pessoa por Remela, um cão comum que vive num bairro comum. O modo como nos apresenta a sua visão do mundo e a relação que, ao longo dos anos, vai estabelecendo com os seus pares e com os humanos diverte e comove o leitor, ao mesmo tempo que o conduz a uma reflexão sobre o valor da amizade, da família e do amor incondicional.



Primeiro fiquei muito quieto, quase paralisado de medo, com a cauda sensivelmente a arrastar no chão, mas depois percebi que a tia, no meio de muitas palavras meigas dirigidas à Luca, falava também comigo «E tu pequenino? És novo cá no bairro?» e experimentava passar-me a mão pelo corpo. Estremeci… mas não foi de medo, era uma sensação estranha, mas boa. Cheguei-me mais perto, senti que a minha cauda ganhava vida própria e abanava, primeiro tímida, depois freneticamente. «Confiar… deve ser isto», pensei completamente rendido àqueles afagos. 

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