Tudo começa
com um improvável encontro, algures na Terra, num bar, entre Hermes e Apolo, os
quais, entre um copo e outro, discutem a natureza humana. A divergência de opiniões leva-os a fazer uma
aposta e, por via desta, “sacrificam” os primeiros animais que encontram, ou
seja, os 15 cães que retiram de um veterinário.
A condição,
de si frágil, dos animais resgatados altera-se quando lhes é conferida, pelos
dois deuses, a inteligência humana.
As
capacidades com que têm de aprender a lidar, nomeadamente a da linguagem, vai
por em causa toda a sua forma de vida e alterar a sua relação com os
humanos. Do mesmo modo, é com absoluta
estranheza que os humanos se deparam com estes 15 cães, que de normal apenas
conservam o corpo.
Cães e
humanos, que se vão cruzando e estabelecendo as relações possíveis, são inteligentemente
tratados como iguais, na sua singularidade, na sua bestialidade e humanidade.
André
Alexis desenvolve todo um pensamento filosófico sobre a vida, a capacidade do
ser humano para ser feliz, o poder da comunicação e da linguagem, incluindo a
linguagem dos afetos.
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