quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Quinze cães


Tudo começa com um improvável encontro, algures na Terra, num bar, entre Hermes e Apolo, os quais, entre um copo e outro, discutem a natureza humana.  A divergência de opiniões leva-os a fazer uma aposta e, por via desta, “sacrificam” os primeiros animais que encontram, ou seja, os 15 cães que retiram de um veterinário.
A condição, de si frágil, dos animais resgatados altera-se quando lhes é conferida, pelos dois deuses, a inteligência humana.
As capacidades com que têm de aprender a lidar, nomeadamente a da linguagem, vai por em causa toda a sua forma de vida e alterar a sua relação com os humanos.  Do mesmo modo, é com absoluta estranheza que os humanos se deparam com estes 15 cães, que de normal apenas conservam o corpo.
Cães e humanos, que se vão cruzando e estabelecendo as relações possíveis, são inteligentemente tratados como iguais, na sua singularidade, na sua bestialidade e humanidade.
André Alexis desenvolve todo um pensamento filosófico sobre a vida, a capacidade do ser humano para ser feliz, o poder da comunicação e da linguagem, incluindo a linguagem dos afetos.





Sem comentários:

Enviar um comentário