domingo, 9 de abril de 2017

O romance de Isabel e o canto do cuco

Há muitos anos, era eu uma adolescente, a minha mãe ofereceu-me uma coleção de livros, em seis volumes, chamava-se “O Romance de Isabel”, talvez por ela própria se chamar Isabel.
Era a história de uma jovem francesa, que “vi” crescer no ante, durante, e pós segunda guerra mundial. Com ela fiz descobertas, conheci factos, chorei e ri. Mas comigo ficou, até hoje, uma passagem… a alegria que Isabel experimentava a cada primavera com o primeiro canto do cuco, que ela explicava como a promessa de uma qualquer felicidade.

E eu, que nunca vi de perto um cuco, a não ser em fotografia, dou por mim a sentir aquela coceguinha na barriga e o riso a abrir-se-me, incontido, quando, em cada primavera, o cuco canta ao longe, como se fosse para mim.

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