Há
muitos anos, era eu uma adolescente, a minha mãe ofereceu-me uma coleção de
livros, em seis volumes, chamava-se “O Romance de Isabel”, talvez por ela
própria se chamar Isabel.
Era
a história de uma jovem francesa, que “vi” crescer no ante, durante, e pós
segunda guerra mundial. Com ela fiz descobertas, conheci factos, chorei e ri. Mas
comigo ficou, até hoje, uma passagem… a alegria que Isabel experimentava a cada
primavera com o primeiro canto do cuco, que ela explicava como a promessa de uma
qualquer felicidade.
E eu,
que nunca vi de perto um cuco, a não ser em fotografia, dou por mim a sentir
aquela coceguinha na barriga e o riso a abrir-se-me, incontido, quando, em cada
primavera, o cuco canta ao longe, como se fosse para mim.
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