segunda-feira, 9 de julho de 2018

NEE’d FOR DANCE, onde cada gesto conta uma história de superação


Não sei dançar, mas sempre admirei a liberdade que vejo nos movimentos de quem dança. Sinto que essa liberdade, saída do gesto, invade a pessoa toda, para inventar um instante (im)possível de plenitude. O que eu vi ontem na Gala NEE,d FOR DANCE foram instantes desses, oferecidos por crianças e jovens tão especiais quanto os momentos proporcionados.
Assisto a estas galas desde o seu início, tenho de fazer esta declaração de interesses - há uma bailarina em especial que há quinze anos roubou  um cantinho do meu coração. Mas ainda que assim não fosse, acredito que o fascínio deste bailar por inteiro haveria de tomar conta de mim. Pressente-se a entrega toda feita de generosidade e amor destas crianças, destes jovens de muitas idades, que conquistam o palco, à medida que a música toma conta deles.  Sim, eles dão tudo aquilo que podem dar, e é tanto que não posso deixar de me comover.
Este ano, a multiculturalidade deu mote aos sons e ao colorido das vestes, tornando mais plural um espetáculo tão único nas suas diferenças, tão único no seu alcance. Havia em cada gesto uma história de superação para contar, e eu emocionei-me, uma vez mais, ao ler-lhes o sentido no conjugar dos movimentos e nos rostos felizes dos protagonistas deste espetáculo maior.
Bem-haja, também, aos que dão de si por causas assim, esses sim, tornam o mundo um lugar onde apetece viver.
Soni Esteves, julho de 2018


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