terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Manhã fria …

A manhã flutua sobre o vale, num jogo primordial com o sol, que se estende, preguiçosamente, por detrás das altas árvores que rodeiam o jardim onde faço o meu passeio matinal.
A relva está fria e de um verde esbranquiçado, solta um leve ruído quando a piso, o som de algo que se quebra ao meu passar.
Atrás de mim, a mãe, de coleira na mão, sem me prender. Na outra mão o saco pequeno transparente, onde recolhe cada desperdício do meu alívio. Percebo! Também apanha as bolinhas que eu deixo espalhadas pelo chão, em casa. Só não entendo por que razão, logo a seguir, coloca o saco no lixo!
Quero correr… e corro, ela acompanha-me. Depois, sugere, gentilmente “Vamos Kiko?”. Mas eu não quero, não quero e finjo que não ouço e volto para trás. Ela finge-se zangada, ameaça-me com a trela. Não quero a trela, gosto da liberdade de passear ao lado dela, sem amarras. E então sigo-a, rendido ante a promessa de uma casa quentinha e um jogo de “apanha a bolinha”.

Mais logo, com sorte, um passeio maior!


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