domingo, 8 de janeiro de 2017

Diaporamas, gravadores, cassetes… e livros


          Na década de 1980, do século xx, o diaporama era um recurso audiovisual inovador e poderosíssimo. Para quem nasceu como professor na era do PowerPoint, o diaporama era a projeção de uma série de fotos, em película transparente (slides), através de um projetor de slides. Geralmente, a projeção era acompanhada de elementos sonoros (músicas, falas e ruídos), facultados por um gravador e respetivas cassetes de gravação. Depois, era só acreditar na sincronia, e o milagre acontecia.
Um dos poucos diaporamas que realizei foi criado em parceria com uma amiga. Tratava-se de uma peça de incentivo à leitura, cuja realização nos deu tanto trabalho quanta satisfação.
O plano/guião consistia numa série de registos fotográficos, em slide, de pessoas lendo.  A ideia era que as imagens ilustrassem um texto, da nossa autoria, com algumas pretensões poéticas, sobre a descoberta do prazer da leitura, esse momento único em que somos tocados pela beleza de um texto. Como, à época, o problema da proteção de dados ainda não se colocava, bastou-nos circular por alguns cafés e jardins da cidade de Braga, durante algumas tardes de uma primavera ensolarada, para conseguirmos algumas imagens interessantes, que serviram, justamente, o propósito.
Passados tantos anos, e a propósito do desafio lançado na página Os cães da minha rua, que propõe o envio de uma fotografia que retrate um dos cenários de leitura do livro homónimo, eis-me, de novo, a apreciar representações de leituras alheias. E sejam elas captações instantâneas, ou poses estudadas, são absolutamente maravilhosas, todas elas!
Existe, de facto, algo de íntimo e romântico na imagem de alguém que lê, como se o ato de ler fosse um exercício de sedução, entre o livro e o leitor!
Quanto ao LIVRO, continua a ser um recurso pedagógico poderosíssimo!


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