O inverno
é sempre longo, mas tem o tamanho que deve ter
para permitir que a vida aconteça como deve acontecer.
Quando
ele se vai, e depois tarda em chegar, não tenho saudades, mas há lembranças que
vêm morar comigo e me embalam em doces nostalgias…
São momentos
pequenos, como são sempre os instantes
que queremos prolongar…
É a
lembrança do frio adivinhado por detrás de uma janela, de cortinas cerradas,
por cautelas;
Uma lareira
onde arde, lento, um fogo real, concreto, e quente. A luz coada da chama que
flui num fim de tarde, como que a temperar todas as esperas;
Um copo,
pode ser de chá quente, uma cevada com o cheiro da cevada da minha infância, ou
de vinho, tinto, à temperatura ambiente;
E um
livro, um livro sempre…
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