quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Ninguém me preparou para a magnificência da neve

Os dias estão a crescer! Foi o Remela que me ensinou a apreciar o tamanho dos dias, o modo como eles vão ficando maiores, à medida que o frio vai perdendo terreno e o calor invade, pouco a pouco, o nosso bairro.
Eu estou à espera, aguardo ansiosamente que o sol venha estender-se no meu jardim, para eu me estirar com ele, até não o aguentar mais no meu pelo.
Quando ele me queimar, eu sei que vai, talvez, aborrecer-me, e quem sabe eu até tenha saudades destes dias em que a frescura me atinge as narinas logo pela manhã e o vento compete comigo nas correrias pelo parque, quando tenta arrancar as últimas folhas que, teimosamente, persistem nas árvores.
Nenhuma destas sensações me apanhou desprevenido, senti-as pela primeira vez com a impressão de que me revisitavam, já as sabia de cor, pelas minuciosas descrições do Remela.
Mas, há uma experiência para a qual o meu amigo não me preparou e que só descobri por estes dias! A neve… a neve tão branca, tão fria, tão bela… tão… leve! Não sei se ele a conheceu algum dia, creio que não, ninguém poderá alguma vez conhecê-la e não falar dela... É espantosamente linda!



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