sábado, 20 de maio de 2017

O poder do exemplo

Fala-se e late-se muito sobre o poder da educação face ao instinto natural dos seres, sejam eles humanos ou caninos. Ora eu pouco sei do assunto, portanto, tudo o que disser será sempre uma opinião de validade relativa.
Ainda não vivi muito, e talvez até precisasse de frequentar uma escola, como a minha prima Daisy que sabe dar a patinha, sentar-se quando a mandam, e fazer outras habilidades que deixam os humanos encantados, e a mim… de boca aberta.  
Mas, voltando ao assunto, parece muito fácil ajuizar sobre um cão que ataca um humano, ou sobre um humano que maltrata um cão. Igualmente se tecem  juízos sobre homens ou cães que maltratam os seus iguais.
Então, enquanto uns defendem a tese de que agimos, tendencialmente, por instinto natural, outros há que estendem as razões à educação. E é aqui que entra o meu conhecimento que é feito das minhas experiências…
Conto-vos, a esse propósito, uma história verdadeira que talvez ilustre aquilo que me é dado pensar.
Como sabem aqueles que leram “Os cães da minha rua”, a Pretinha apareceu no meu bairro, ainda muito pequenina. O Corredor, que vivia pelo parque, assistiu à sua chegada e acolheu-a. Ela fez dele a sua casa, onde dormia um, dormia o outro, e comida que a um fosse oferecida, era pelos dois repartida. Antes de qualquer humano, foi o Corredor que lhe deu abrigo, que lhe deu amor.
Talvez isso explique por que a Pretinha é a única cadela que conheço a levantar a pata para verter o produto do seu alívio, ou para marcar um terreno que todos acabamos por partilhar. Não o faz por instinto, mas fá-lo apesar dele, e porque foi assim que ela viu o Corredor fazer. E o Corredor é para ela o EXEMPLO que vale a pena seguir!



Sem comentários:

Enviar um comentário