No passado dia 18, assisti, no
Mosteiro de Tibães, à apresentação do livro “Inquietação no olhar” e conheci
mais dois autores, Álvaro Oliveira e Adias Machado. Agradeço à minha amiga
Paula Prata que me convidou a descobri-los. E fazê-lo guiada pelas palavras de
Lídia Borges, a prefaciadora, e de José Moreira da Silva, o apresentador do
livro, foi um privilégio.
Trata-se de uma composição de 43 sonetos
da autoria de Álvaro Oliveira e de outros tantos desenhos de Adias Machado. Segundo
Álvaro Oliveira, e conforme é referido no prefácio, não se trata “de um livro
de poesia ilustrado, nem, tão pouco, de um conjunto de telas legendadas”. No
entanto, há uma harmonização entre os poemas e os desenhos, que eu apreciei,
ora saboreando primeiro as palavras e depois a pintura correspondente, ora
fazendo o contrário.
O cruzamento entre estas duas
formas de arte (pintura e poesia) fortalece a ideia expressa no título do livro
“inquietação do olhar”, revelando esse desassossego de alma, visível, tanto nos
rostos esboçados por Adias, como nas palavras de Álvaro.
Eu
li e apreciei o olhar do poeta, o seu modo de ver e dizer sobre a saudade, o
amor, os poetas, a poesia…, tal como gostei dos rostos, dos olhos, dos beijos e
da soma de todos os traços que se fizeram composição, pela mãos do pintor.
Como
sempre me acontece com a poesia e com a pintura, um único contacto não é
suficiente, por isso, por mais uns tempos, este livro vai ficar na minha
mesinha de cabeceira e a ele retornarei, com certeza, para também me inquietar
ou redimir da minha inquietude.
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