No teu rosto os caminhos,
socalcos riscados pelos ventos,
pela chuva escorrida dos dias
em que teimaste expor-te à tempestade.
Na tua pele, a terra ressequida pela aridez
das horas solitárias,
dos minutos seculares,
dos segundos que não constam dos relógios.
Nos teus olhos, a vida
a vida ainda,
a vida toda
marcada linha a linha, como o traçado de um comboio
sem horário de chegada.
No teu olhar o rio, a água pura,
as margens, as viagens, os naufrágios,
e as memórias dos sonhos todos,
e os sonhos ainda por sonhar.
Soni, 2016

Lindo, adorei... Beijinhos.
ResponderEliminarObrigada Dani. Beijinhos para ti.
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