São as raízes de Fernanda Santos que este livro nos ajuda a
descobrir. Adivinhámo-la por entre as aventuras de um rapazinho por terras de
Moncorvo, pelas ruas de uma aldeia com memória. E é pela mão de Francisco que
vamos ao encontro do Ti Alípio, ou do Ti Zé, para com eles viajarmos pela nossa
própria infância. É que, os jogos descritos no livro, o eixo, o pião, a macaca,
as escondidas... são as brincadeiras de que me lembro da minha própria
meninice. Uma criança é sempre uma criança, seja qual for a geografia!
E foi boa esta
viagem pelas raízes da Fernanda, que são também as raízes de todos aqueles que,
independentemente do local de origem, tiveram a felicidade de crescer neste
convívio com a terra, sentir o sabor dos figos acabados de colher, crescer enfim,
por entre a beleza das coisas simples e genuínas.
Soni Esteves, abril de 2018

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